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Isabel Veiga vence prémio L’Oréal para Mulheres na Ciência

Fotos
Isabel Veiga (foto: José Barradas)
Isabel Veiga (foto: José Barradas)
Momento da cerimónia (fonte: portal Delas)
Momento da cerimónia
Momento da cerimónia (foto: L'Óreal)
Momento da cerimónia (foto: L'Óreal)
Momento da cerimónia (foto: L'Óreal)
Isabel Veiga (foto: Pedro Veloso/UMinho)
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terça-feira, 07/02/2017
Lisboa
Isabel Veiga (foto: Pedro Veloso/UMinho)
Jovem investigadora da ICVS distinguida pelos estudos sobre malária
Isabel Veiga, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Universidade do Minho, foi distinguida a 8 de fevereiro com uma Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, numa cerimónia com o Presidente da República. A cientista recebeu 15 mil euros para estudar mecanismos de resistência aos fármacos que o parasita da malária adquire e que causa quase meio milhão de mortes por ano.

O prémio foi atribuído pela L’Oréal Portugal, pela Comissão Nacional da UNESCO e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), incentivando investigadoras em Portugal, já doutoradas e com idade até 35 anos, a prosseguirem estudos originais e relevantes para a saúde e o ambiente. O júri presidido por Alexandre Quintanilha avaliou 80 candidatas e elegeu quatro. Além de Isabel Veiga, foram laureadas Maria Inês Almeida (Universidade do Porto), Ana Rita Marques (Instituto Gulbenkian) e Patrícia Baptista (Instituto Superior Técnico).

A malária é transmitida pela picada de mosquitos com parasitas Plasmodium e abunda em áreas tropicais da África, Ásia e América. O tratamento atual, à base de artemisina e alvo do Prémio Nobel da Medicina em 2015, ajudou a reduzir a taxa de mortalidade da doença. Mas nesse ano houve ainda 212 milhões de novos casos, sobretudo em menores de 5 anos. Uma das razões para este facto é que o parasita renovou as resistências e mutações genéticas, usando proteínas para empurrar o fármaco para o exterior da célula e impedir a sua atuação.


O estudo de Isabel Veiga é crucial para antecipar a eficácia da terapia e para aumentar o seu efeito e longevidade. “Se o fármaco começa a falhar globalmente, não há outro pronto para o substituir”, alerta. A cientista vai usar tecnologias de edição do genoma do parasita para avaliar como essas mutações (e respetivas interações) promovem as resistências. E quer ir ainda mais longe: criar em laboratório versões geneticamente modificadas do parasita, para ver o impacto das alterações genéticas de terapêuticas em desenvolvimento e abrir pistas para novos fármacos: “Além do potencial no diagnóstico, os resultados podem ajudar a desenvolver ferramentas moleculares para apoiar os médicos a determinarem uma terapia personalizada”, explica.

A sua equipa inclui também Pedro Ferreira, Carla Calçada, Miguel Silva, Francisco Araújo, Ana Pinheiro, Isaac Sanchez e Lúcia Moreira, todos ligados ao ICVS e à Escola de Medicina da UMinho. Isabel Veiga nasceu há 35 anos em Guimarães. É doutorada e pós-doutorada em Ciências Médicas pelo Instituto Karolinska (Suécia) e pós-doutorada pelas universidades do Minho e Columbia (EUA). Já teve projetos apoiados pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas, pelo Instituto Merieux, pela Rede Sueca de Malária, pelo Fundo Nacional de Inovação e Desenvolvimento Científico e Tecnológico da República Dominicana e pela FCT.

+Info:
www.presidencia.pt/?idc=10&idi=122364, www.unescoportugal.mne.pt/pt/noticias/475-medalhas-de-honra-para-as-mulheres-na-ciencia
www.lorealmulheresnaciencia.com.pt,
www.fct.pt/apoios/premios/loreal, www.icvs.uminho.pt/research-scientists/people/mariaveiga
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