Detalhe do evento

Biblioteca Pública de Braga com exposição sobre o Bom Jesus

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02/08/2019 - 24/10/2019
Até 24 de outubro | Biblioteca Pública de Braga

A Biblioteca Pública de Braga (BPB) apresentou de 2 de agosto a 24 de outubro uma exposição sobre o Bom Jesus do Monte, que evoca a inscrição deste santuário no Património Mundial da UNESCO e insere-se ainda no programa cultural “Braga Barroca” e nas Jornadas Europeias do Património. A mostra englobou dezenas de publicações, dois grandes painéis e um suporte de vídeo, podendo ser visitada gratuitamente no átrio desta unidade cultural da Universidade do Minho, sita na Praça do Município, entre segunda e sexta-feira, das 9h00-12h30 e 14h00-17h30.

Do espólio da BPB havia para ver publicações oitocentistas como guias do viajante, memórias, iconografias e um raro manuscrito de 1828. Juntavam-se igualmente postais, ensaios, notícias, periódicos e até dossiês especiais sobre os construtores do santuário (Rodrigo Moura Teles, André Soares, Carlos Amarante), sobre o elevador e os hotéis no Bom Jesus e, também, sobre o centenário deste monumento em 1884, que foi alvo de edições sobre o programa das festas, os cartoons de Rafael Bordalo Pinheiro, o sermão solene, a peça “Marcha grave para piano” de Lúcio Santos, a exposição de flores e artigos de colaboradores como Camilo Castelo Branco.

A BPB associou-se com a exposição à “consagração deste ex-libris da cidade, que tem um valor universal excecional”. Para o historiador Paulo Pereira, o Bom Jesus é o sacro-monte mais monumental do mundo e um grande centro turístico e de peregrinação. O conjunto paisagístico e arquitetónico alia os estilos barroco, rococó e neoclássico, incluindo a basílica, os escadórios, uma via-sacra atravessando a mata, capelas com esculturas sobre a morte e ressurreição de Cristo, fontes, estátuas alegóricas, o terreiro dos Evangelistas e o parque.

Serviu de inspiração para o santuário do Bom Jesus de Congonhas (Brasil), que é Património Mundial desde 1985, bem como para os santuários de Matosinhos, do Calvário (Viana do Castelo), da Peneda (Arcos de Valdevez), dos Remédios (Lamego), do Bom Despacho (Braga) e de Santa Cruz (Barcelos). Para a investigadora Mónica Massara, o Bom Jesus de Braga tem todos os elementos da “via dolorosa” (pórtico, capelas, fontes, igrejas) e elementos essenciais do santuário primitivo (árvore, pedra, água, escadarias), tornado este monte um microcosmos de símbolos integrados à natureza, na união entre o céu e a terra, propícia à meditação e religião.

+Info: www.bpb.uminho.pt, bomjesus.pt, whc.unesco.org/en/list/1590

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