O
Conselho Cultural da Universidade do Minho entregou a 13 de dezembro o Prémio
Victor de Sá de História Contemporânea 2019 a Patrícia Gomes Lucas, pela obra
“Partidos e política na monarquia constitucional – o caso do Partido
Regenerador”. A cerimónia do maior prémio nacional para jovens investigadores
de História Contemporânea foi às 15h00, no salão nobre do Largo
do Paço, em Braga. O reitor Rui Vieira de Castro presidiu à sessão,
procedeu à entrega dos prémios e fez a intervenção de encerramento.
A
menção honrosa desta 28ª edição do galardão foi para Inês Rodrigues, com a obra
“Espectros de Batepá: memórias e narrativas do ‘Massacre de 1953’ em São Tomé e
Príncipe”. A sessão solene incluiu a apresentação dos trabalhos pelas duas
autoras premiadas, além de intervenções da presidente do Conselho Cultural,
Helena Sousa, e do presidente do júri do prémio, Viriato Capela.
“Estou
muito feliz por receber um prémio tão prestigiado nesta área da História e por
saber que a minha tese, que exigiu anos a ser produzida e muito esforço, deu
frutos e motivou o reconhecimento do meio académico”, frisou Patrícia Gomes
Lucas. O seu trabalho avaliou o Partido Regenerador através das suas caraterísticas,
dos motivos da sua longevidade e do que o distinguiu das restantes formações
políticas. Analisou ainda a evolução, o funcionamento, a representação e o
comportamento daquele partido na sequência das eleições de 1881 e 1901. Este
Prémio nasceu em 1991 pelo humanista Victor de Sá, foi reconhecido como de
interesse cultural pela Secretaria de Estado da Cultura e é também apoiado por
mecenas públicos e privados.
Colóquio
sobre o marcelismo de manhã
De manhã, também no Largo do Paço, realizou-se o colóquio
“Sob o signo do marcelismo”. A abertura contou, às 10h00, com o reitor Rui
Vieira de Castro, além de Helena Sousa e Viriato Capela. Seguiram-se as palestras
“Comunicação e política sob o espectro do marcelismo: o caso da RTP”, por
Manuel Pinto, professor do Departamento de Ciências de Comunicação da UMinho, e
“Contradições em torno da primavera marcelista”, por Fátima Moura Ferreira,
professora do Departamento de História da UMinho. O programa culminou, às 11h30,
com a visita à exposição “Crise Académica de 1969”, na Galeria do Largo do
Paço. A mostra reuniu dezenas de fotos e documentos sobre o movimento que há 50
anos abalou o regime do Estado Novo.
Os
eventos tiveram entrada livre e foram promovidos pela UMinho, através da Reitoria, do
Conselho Cultural, da comissão executiva do Prémio Victor de Sá e, ainda, no
âmbito da preparação do centenário do nascimento de Victor de Sá (1921-2003),
cujo espólio está à guarda da Biblioteca Pública de Braga, uma unidade cultural
da UMinho.
+Info: www.conselhocultural.uminho.pt