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Investigadora da UMinho vence Medalha de Honra L’Oréal

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Diana Priscila Pires
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As premiadas
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As premiadas à conversa com o ministro Manuel Heitor
As premiadas em 2020
Diana Priscila Pires com a professora Joana Azeredo
Diana Priscila Pires com o vice-reitor Eugénio Campos Ferreira
quarta-feira, 19/02/2020
Lisboa
Diana Priscila Pires
Diana Priscila Pires recebe 15 mil euros para desenvolver terapia alternativa aos antibióticos
A investigadora Diana Priscila Pires, do Centro de Engenharia Biológica (CEB) da Universidade do Minho, é distinguida a 19 de fevereiro, em Lisboa, com a Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. A cientista vai receber 15 mil euros para melhorar a eficácia da terapia fágica no combate à bactéria Pseudomonas aeruginosa, que é muito resistente a antibióticos e está associada a graves infeções hospitalares e a elevada mortalidade.

O prémio atribuído pela L’Oréal Portugal, Comissão Nacional da UNESCO e Fundação para a Ciência e a Tecnologia visa incentivar investigadoras em Portugal, já doutoradas e até aos 35 anos, a prosseguirem estudos originais e relevantes para a saúde e o ambiente. É o quarto ano consecutivo que um dos prémios vem para a UMinho, após Isabel Veiga, Joana Cabral (ambas do ICVS – Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde) e Margarida Fernandes (CEB e Centro de Física). A Medalha de Honra L’Oréal Portugal vai na sua 16ª edição e quer contribuir para aumentar o número de cientistas mulheres a nível mundial, que continua abaixo dos 30%.

Na sua investigação, Diana Priscila Pires trabalha com vírus bacterianos que não são lesivos aos humanos, mas que infetam as bactérias nocivas. Chamam-se fagos ou bacteriófagos. São considerados promissores para tratar infeções bacterianas que não respondem aos antibióticos. Porém, os fagos que combatem a Pseudomonas aeruginosa têm algumas limitações, o que Diana quer ultrapassar com a manipulação dos respetivos genomas. “Pretendo desenvolver uma ferramenta de edição genética de fagos de forma a melhorar as suas propriedades antibacterianas e, no caso de estes fagos apresentarem resultados promissores in vitro, poderão ser posteriormente testados in vivo em animais de laboratório para comprovar a sua eficácia”, resume.

A resistência a antibióticos é um problema global e a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou recentemente a P. aeruginosa como prioritária a combater. Esse cenário exige novas terapias, como a fágica, que apresenta inúmeras vantagens face aos antibióticos, ao centrarem-se num tipo de bactérias e sem outro efeito no organismo. A P. aeruginosa está associada a infeções hospitalares, que atingem 7 em cada 100 pacientes hospitalizados nos países desenvolvidos (10 em 100 nos restantes países), segundo a OMS. Estas infeções estão ligadas a mais de 30 mil mortes na Europa por ano e a 7000 milhões de euros de custos diretos de internamento extra por ano. Estima-se que 30% dos doentes nos cuidados intensivos dos países ricos desenvolvam pelo menos uma infeção hospitalar e que o valor seja duas a três vezes superior nos restantes países.

Nascida em Chaves há 32 anos, Diana Priscila Pires é investigadora de pós-doutoramento no CEB, na Escola de Engenharia da UMinho, onde fez o mestrado e o doutoramento em Engenharia Biomédica, este último em parceria com o MIT - Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA), onde trabalhou um ano no seu Grupo de Biologia Sintética.

+Info: www.ceb.uminho.pt/People/Details/520e700d-2283-4a4c-853f-7c0a80230de1
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