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Requalificação do Convento de S. Francisco de Real com candidatura aprovada
quinta-feira, 12/03/2020
Universidade do Minho
UMinho ficará responsável pela gestão da visitação interpretada ao conjunto monumental
O projeto de “Conservação, Valorização e
Promoção do Convento de São Francisco de Real, Braga”, elaborado pela
Universidade do Minho (UMinho) e submetido pelo Município de Braga,
proprietário do imóvel, foi aprovado pelo Programa Operacional Regional do
Norte. Com este projeto pretende-se tornar este conjunto monumental num
polo de atração turística e cultural de âmbito regional, nacional e
internacional, reforçando o impacto positivo da UMinho na sociedade e no
território, consolidando a sua forte aposta na inovação social e cultural.
Após a recuperação do Convento de S.
Francisco, a UMinho ficará responsável pela gestão da sua visita, que será
integrada num circuito único, que tirará partido do Mausoléu de S. Frutuoso,
Monumento Nacional desde 1944 e da Igreja de S. Francisco de Real, que integra
como bens móveis classificados o Cadeiral Seiscentista do coro alto e o
Relicário da Sacristia. Desta forma, a UMinho concretiza o compromisso com o
território e as comunidades, no âmbito da interação com a sociedade, através da
celebração de uma parceria com o Município de Braga, Direção Regional de
Cultura do Norte (DRCN) e Paróquia de Real, três instituições empenhadas na promoção
de um relevante património edificado de elevado valor simbólico.
Para o reitor da UMinho, Rui Vieira de
Castro, “a reabilitação do Convento de S. Francisco permitirá valorizar,
ainda mais, os ativos patrimoniais constituídos pelo Mausoléu de S. Frutuoso e
pela Igreja de S. Francisco de Real, formalizando-se, deste modo, um conjunto
monumental com forte potencial cultural e turístico”. Vieira de Castro confirma
que “a valorização do Convento ajudará a consolidar a importância do Mausoléu
de S. Frutuoso, que possui já um elevado e internacionalmente reconhecido valor
histórico-cultural, científico, arqueológico e arquitetónico”. Já Ricardo Rio,
presidente da Câmara Municipal de Braga, explicou que “este financiamento é
determinante para a intervenção no imóvel e só foi possível graças a um grande
empenho conjunto entre autarquia e a UMinho, ao qual se juntou a DRCN e a
Paróquia de Real”.
O programa base da operação integra a
abertura do monumento à visitação interpretada, com circuito que inclui os dois
primeiros pisos do convento, o mausoléu, a igreja e a sacristia; a construção
de um Centro de Documentação nos domínios da arqueologia, arquitetura e
história, que ocupará o terceiro piso do convento, acolhendo ainda uma
biblioteca especializada e o núcleo de apoio ao Convento da unidade de
arqueologia da UMinho que assegurará o serviço educativo e a produção
atualizada de conteúdos para complementar o circuito de visita. A
requalificação do património potenciará a sua fruição pelos visitantes e estará
devidamente alinhada com a estratégia regional e nacional de desenvolvimento
turístico, designadamente ao nível da sua integração nas redes de turismo
cultural e religioso.
Recorde-se que entre 2013 e 2017 a
Universidade realizou, através da sua Unidade de Arqueologia, vários trabalhos
de escavação, indispensáveis para informar o projeto de reabilitação do
Convento, realizado pela Escola de Arquitetura, tendo assegurado também a
contenção do edifício, que ameaçava ruína, garantindo a sua estabilidade até
que o restauro seja concluído.
A intervenção irá resultar num investimento
total de 2,5 milhões de euros, contando com um financiamento de 850 mil euros
ao abrigo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ao qual se
juntará o investimento municipal superior a 1,5 milhões de euros, para o qual o
município irá recorrer ao Banco Europeu de Investimento e tem como prazo de
execução o mês de dezembro de 2021.