A pandemia covid19 marca-nos a história e marca-nos a vida, em todas
as esferas. Marca-nos também a ciência e o modo de pensar a sociedade,
nos seus desafios e potencialidades. Como num sistema, a pandemia
covid19 é e será. Os seus efeitos refletir-se-ão no passado e no futuro.
Alguns dos pontos cardeais que antes reuniram os interesses dos
teóricos sociais, voltam a ser enfatizados com toda a veemência: entre
eles, a relação entre estrutura e agência; mudança, permanência e tempo
e, finalmente, individuo e sociedade.
Como num tempo de revolução, estruturalmente em crise, as sociedades
e, nelas, os atores humanos, debatem-se em busca de discernir aonde, a
quem e a quê se agarrarem; como manter a confiança e os eixos de
continuidade. As Ciências Sociais têm um papel fundamental nesta procura
e identificação de novas formas de validar as instituições e a vida
orgânica e social dos sujeitos sociais. No caminho, são as Ciências
Sociais que podem ajudar a identificar e exorcizar as desigualdades
remanescentes e as emergentes, assim como as explosões e as ruturas que
se seguirão ao tempo da contenção e resguardo, e observadas por todos os
lados do social, numa sociedade digitalizada, individualizada e ferida.
Neste sentido, este ciclo de seminários responde a três objetivos
principais:
I. reunir um conjunto de investigadores dedicados a questões diversas
que interessam particularmente do ponto de vista sociológico ao tempo
pós-pandemia;
II. contribuir para o reforço do debate num plano transnacional e, muito particularmente, ibero-americano;
III. realçar a centralidade dos conceitos de poder, dominação e tempo
para entender a sociedade e as feridas que a pandemia abre e os
acidentes a que conduz.
Saiba toda a programação até julho aqui.
Este ciclo de seminários realizados online (via plataforma zoom) dirige-se a toda a comunidade.