A
terceira edição do Ciclo de Cinema Galego-Português decorreu a 14, 15 e 16 de
outubro, sempre das 21h30 às 23h30, no auditório da Casa das Artes dos Arcos de
Valdevez. A cada dia foram apresentados uma curta-metragem e um filme,
seguindo-se um debate com os seus realizadores e outros convidados. A
iniciativa visou promover o intercâmbio cultural entre a Galiza e Portugal e teve nesta edição o tema “Mulheres, Património, Sociedade”, abordando o papel das
mulheres nas crises, o património como instrumento de coesão social e o
contexto da solidariedade à fraternidade.
A
coordenação coube à Universidade do Minho – através da Vice-Reitoria da Cultura
e Sociedade, do Centro de Estudos Galegos (CEG), do Laboratório de Paisagens,
Património e Território (Lab2PT) e do Centro de Estudos de Comunicação e
Sociedade (CECS) –, ao Conselho da Cultura Galega (CCG), ao Município dos Arcos
de Valdevez, ao Museo do Pobo Galego e à Comissão Temática de Promoção e
Difusão da Língua Portuguesa dos Observadores Consultivos da CPLP.
O
programa abriu a 14 de outubro, com breves declarações da vice-reitora Manuela
Martins, da presidente do CCG, Rosario Álvarez, e do presidente do município
arcuense, João Manuel Esteves. Seguiu-se a exibição das películas “Nación”, de Margarida
Ledo, sobre a vida inacabada de operárias da ex-fábrica de cerâmica Pontesa, e
“Mulheres em quarentena”, de Bárbara
Tavares, sobre duas mulheres - em Lisboa e Brasília - com os filhos em casa
devido à covid-19. No final, as realizadoras juntaram-se ao debate com o diretor
da Rede Casas do Conhecimento da UMinho, José Gabriel Andrade, e a cineasta
Sara Traba.
No
dia 15 pôde ver-se a curta experimental “Ganas”, de Maria da
Fonseca e Rafaela Gomes, alunas de Ciências da Comunicação da UMinho, e o
documentário alto-minhoto “Das arquitecturas
tradicionais”, de Carlos Eduardo Viana. Os três juntaram-se depois à conversa
com o arquiteto Fernando Cerqueira e as arqueólogas Rebeca Blanco-Rotea e
Fernanda Magalhães.
No dia 16 foi a
vez do filme multipremiado “Ons”,
de Alfonso Zarauza, com uma ilha galega como palco para um casal salvar a
relação, e ainda “Lume na
auga”, de Ana Lois, uma viagem interativa pela Idade do Ferro no santuário
galego de Augas Santas. Seguiu-se uma tertúlia com aqueles dois cineastas, a
historiadora Alexandra Esteves e a linguista Noemí Basanta. A iniciativa contou igualmente ao longo dos três dias, em paralelo, com a exposição "ONS
SOA", de Paula Ballesteros.
A
primeira edição do Ciclo de Cinema Galego-Português decorreu em Braga a 3, 10 e
17 de maio de 2018, centrada no cinema galego e de fronteira; a segunda edição
teve lugar em Vigo a 26, 27 e 28 de setembro de 2019, focando a situação da
mulher e sua relação com uma sociedade normalizadora, por vezes também
violenta.
PROGRAMA
14 de outubro, 21h30
- Filme "Nación" (2020, 92min), de Margarita Ledo
- Curta "Mulheres em quarentena" (2020, 20min), de Bárbara Tavares
- Mediadores do debate: José Gabriel Andrade e Sara Traba
15 de outubro, 21h30
- Filme "Das arquitecturas tradicionais" (2020, 50min), de Carlos Eduardo Viana
- Curta "Ganas" (2020, 16min), de Maria da Fonseca & Rafaela Gomes
- Mediadores do debate: Rebeca Blanco-Rotea e Fernanda Magalhães
16 de outubro, 21h30
- Filme "Ons" (2020, 87min), de Alfonso Zarauza
- Curta "Lume na auga" (2015, 39 min), de Ana Lois
- Mediadores do debate: Alexandra Esteves e Noemí Basanta
+Info: facebook.com/ciclodecinemagalegoportugues, facebook.com/Centrodeestudosgalegosdauniversidadedominho, www.cecs.uminho.pt, www.lab2pt.net, consellodacultura.gal, www.cmav.pt, museodopobo.gal, www.cplp.org/id-2766.aspx