Duas centenas
de participantes da Europa, América e Ásia estiveram de 17 a 20 de abril no XIV
Congresso da Associação Internacional de Estudos Galegos (AIEG), que se realizou na Universidade do Minho, em Braga, e no último dia no Centro Cultural Vila
Flor, em Guimarães.
O evento ocorreu pela primeira vez em Portugal e teve oradores como os presidentes da
CCDR-N, António Cunha (dia 17, 11h30), do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, João Neves, e do Conselho da Cultura Galega
(CCG), Rosário Álvarez (ambos dia 20, 11h30). O programa incluiu mesas
redondas, exposição, poesia, música, teatro, prémios e 120 comunicações em cinco sessões paralelas, que
cruzaram o galego com a identidade, o
ensino, a literatura, o audiovisual, a emigração, a economia ou o turismo.
Diversos
momentos culturais
A sessão de
abertura foi na quarta-feira, às 11h00, no auditório B1 do campus de Gualtar, tendo da parte da UMinho a vice-reitora para a Cultura e Território, Joana Aguiar e Silva, a vice-presidência da Escola de
Letras, Artes e Ciências Humanas da UMinho e o coordenador do evento, do Centro de
Estudos Galegos da UMinho e também presidente da AIEG, Carlos Pazos-Justo, entre outros. Seguiu-se a conferência inaugural com António Cunha,
sobre a afirmação da eurorregião Galiza/Norte de Portugal. A primeira noite
centrou-se no Edifício dos Congregados da
UMinho, com a inauguração (19h00) da
exposição "Afonso X e Galicia", promovida pelo CCG; houve também o espetáculo “Cantar Abril”
(21h30), com o declamador Fernando Pena e o grupo tradicional Canto d’Aqui.
No dia 18, de
novo no campus e a partir das 17h30, decorreu a mesa redonda sobre Estudos Galegos no mundo, havendo mais tarde a
performance “Palavras de contrabando”, pelo ator Quico Cadaval, no salão
nobre da Reitoria. No dia 19, entregou-se às 18h15 o I Prémio Internacional de
Estudos Galegos, que teve teses concorrentes de vários países; o vencedor teve 2000 euros e o trabalho publicado pela UMinho Editora. No final, houve a
assembleia-geral da AIEG.
Gala
Ari(t)marA Gala Ari(t)mar
fechou o congresso no dia 20, às 21h45, no auditório Vita, em Braga. A
conferência de imprensa sobre esta gala foi a 15 de abril, segunda-feira, às
14h30, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga. A sessão contou com os
responsáveis Gonzalo Constela (Projeto aRitmar), Jaime Torres (Canto D'Aqui),
Fernando Pena (Rede Galilusofonia), Ana Paula Ferreira (Município de Braga) e
Carlos Pazos-Justo (UMinho, AIEG). Foi a primeira vez que Portugal recebeu a
reedição desta gala anual da música e da poesia galego-portuguesa, incluindo a
atuação de vários projetos premiados, como a Associação José Afonso e Celina da Piedade.
Carlos Pazos-Justo foi o primeiro presidente da AIEG numa universidade
portuguesa. No seu mandato,
procurou reforçar o trabalho em rede sobre literatura, história, cultura e
língua galegas e o diálogo com a lusofonia.
A AIEG surgiu nos anos 80 nos EUA e o seu congresso trienal já passou
pelos EUA, Alemanha, Reino Unido, Cuba,
Espanha, Brasil, Argentina e Polónia. Em Portugal, o congresso foi coorganizado
pelos centros de Estudos Galegos das universidades do Minho, Algarve e Nova de
Lisboa, tendo o apoio da Xunta da Galiza, do CCG, do Centro de Estudos
Humanísticos, do Centro de Investigação em Artes e Comunicação, dos municípios
de Braga e Guimarães, dos Canto d’Aqui e da TecMinho.
* Momento da atuação dos Canto d'Aqui (3m38s): Facebook