"O conjunto de pinturas que aqui trago é carregado de símbolos que nos colocam diante de histórias onde essa inquietação é cantada com notas que suportamos ouvir. Tornada objecto estético. E talvez nesse disfarce, através da doçura da forma pintada, nos seja possível contemplar a pele bizarra do absurdo… e a carne tingida da nossa identidade. Estrangeiros de tudo. Lúcidos e cegos. Perdidos,
ufanos, e nus… tentando, maravilhosamente, compreender." (Ana Monteiro)

Ana Monteiro - nota biográfica

Nasceu e vive em Braga desde 1990. Deteve-se no Porto alguns anos, onde concluiu na Faculdade de Belas Artes a licenciatura e o mestrado em Pintura, desenhando, com este último, uma reflexão que entrelaça o retrato pictórico com a máscara social. Lecciona vários cursos de desenho e pintura desde 2012. Expõe regularmente desde 2011 e tem a sua obra representada em coleções particulares.

Através da pintura, vincadamente figurativa, dedica-se à contemplação do conceito de identidade, tecendo uma estética onde o autorretrato funciona como metáfora desse “Eu” que, a todo o tempo, se procura compreender e consumar. Uma estética onde os símbolos se acumulam: pontos cardeais de uma narrativa que nos fala de inquietação, cegueira e deslumbramento e nos atira o olhar para lá dos espelhos que, ficticiamente, nos amparam