A Universidade do Minho (UMinho) é uma das primeiras organizações a assinar a Declaração de Barcelona sobre Informação Aberta de Investigação que foi publicada a 16 de abril. Nesta declaração os signatários comprometem-se a assumir a liderança na forma como a informação de investigação é utilizada e produzida, democratizando o acesso à mesma.
Neste momento são 34 as universidades de todo o mundo que já assinaram esta declaração que junta ainda uma dezena de organizações de apoio à produção científica e várias instituições internacionais de promoção da ciência aberta. As mesmas estão comprometidas em normalizar o acesso às informações e dados de investigação, tornando-os em dados de acesso livre permitindo que decisões científicas sejam tomadas com base em evidências transparentes e dados universais.
Os signatários da Declaração de Barcelona assumem, como compromissos, o desígnio de promover o acesso aberto como padrão para todas as informações de investigação que sejam usadas e produzidas. Os mesmos comprometem-se ainda a trabalhar com serviços e sistemas que apoiem e possibilitem acesso aberto a informações de investigação, apoiar a sustentabilidade das infraestruturas que agregam essa informação e promover ações coletivas para acelerar a transição para o acesso aberto à informação de investigação.
A Declaração de Barcelona sobre Informação Aberta de Investigação foi preparada por um grupo de mais de 25 especialistas em informação de investigação, representando organizações que realizam, financiam e avaliam investigação, bem como organizações que fornecem infraestruturas de informação de investigação.
Importa referir que já em 2022 a UMinho foi uma das primeiras 51 entidades signatárias do Acordo sobre a Reforma da Avaliação de Investigação na União Europeia, iniciativa que emergiu de uma recomendação do Conselho Europeu no sentido de criar ações conjuntas para um efetivo mercado de conhecimento e inovação na Europa, como a reforma da avaliação da investigação e o apoio à cultura de ciência aberta, incluindo o acesso livre a publicações académicas e dados científicos. Também sobre o mesmo domínio, a UMinho aderiu no último ano à CoARA – Coligação para o Avanço da Avaliação da Investigação. A UMinho tem tido, aliás, um papel pioneiro neste âmbito, tendo criado o seu acervo científico digital RepositóriUM em 2003, o primeiro na lusofonia, impulsionando e coordenando tecnicamente o Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) e o da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (RCCPLP). A UMinho está em coligações internacionais (como a Iniciativa de Acesso Aberto de Budapeste e a Confederação Mundial de Repositórios de Acesso Aberto, que presidiu em 2015-21), participa em projetos-piloto para apoiar políticas europeias (OpenAIRE, FOSTER, PASTEUR4OA, entre outros) e organiza eventos de referência (como a ConfOA).
