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Céline Gonçalves distinguida com Medalha de Honra L’Oréal Portugal

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Céline Gonçalves
Céline Gonçalves
Alexandre Quintanilha (presidente do júri) com as premiadas - Ana Rita Lopes (ULisboa), Céline Gonçalves (UMinho), Paola Alberte (IST) e Patrícia Henriques (UPorto) (foto: Ivone Fachada)
Foto: Luísa Neves
Foto: Luísa Neves
Foto: Luísa Neves
terça-feira, 27/05/2025
Lisboa
Céline Gonçalves
Cientista do ICVS quer melhorar a deteção e monitorização do tumor cerebral mais agressivo
Céline Gonçalves, do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho, foi distinguida a 27 de maio com uma Medalha de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência. A cerimónia decorreu pelas 10h30, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. A investigadora está a desenvolver uma técnica inovadora para o diagnóstico e monitorização precoce e eficaz do glioblastoma, o tumor cerebral maligno mais comum e agressivo em adultos.

O prémio atribuído pela L’Oréal Portugal, pela Comissão Nacional da UNESCO e pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia tem o valor de 15 mil euros e visa incentivar investigadoras em Portugal, já doutoradas e até aos 35 anos de idade, a prosseguirem estudos inovadores com impacto na saúde e no ambiente. O júri avaliou dezenas de candidaturas e elegeu quatro, incluindo a de Céline Gonçalves, que se torna a sexta laureada da UMinho, após Isabel Veiga, Margarida Fernandes, Joana Cabral, Priscila Pires e Carina Cunha.

O glioblastoma é difícil de monitorizar e os seus pacientes têm uma taxa de sobrevivência muito baixa. Céline Gonçalves procura formas inovadoras de detetar e acompanhar esta doença de modo eficaz, acessível e menos invasivo. A sua equipa vai estudar pequenas estruturas libertadas pelas células, chamadas vesículas extracelulares, que transportam informação sobre o estado dessas células. Ao analisar as vesículas presentes simultaneamente no tumor e no sangue daqueles doentes, pretende-se identificar uma combinação de moléculas (a “impressão digital” do glioblastoma) que permita detetar a doença e acompanhar a sua evolução apenas através de uma análise ao sangue.


Rastrear o tumor só com a análise ao sangue


“Se conseguirmos identificar esta assinatura molecular de forma fiável, estaremos perante uma ferramenta com enorme potencial clínico: diagnósticos mais rápidos e precoces, deteção atempada de recaídas e maior capacidade de adaptar os tratamentos a cada paciente, aumentando a sua qualidade de vida”, explica a responsável. A investigação decorre no ICVS, em colaboração com o Hospital de Braga e o Centro Clínico Académico de Braga. O projeto, chamado EVision, pode ainda abrir portas à aplicação desta metodologia noutras doenças oncológicas, promovendo uma medicina mais centrada no doente.

Natural de Vila Verde, Céline Gonçalves é licenciada em Bioquímica, mestre e doutorada em Ciências da Saúde pela UMinho e tem feito carreira no ICVS como investigadora e docente. Considera que as mulheres enfrentam vários desafios na ciência, nomeadamente o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional: “A maternidade ainda é penalizadora numa carreira onde os prazos não param”. O prémio que agora recebe “é um reconhecimento do trabalho realizado e um impulso para continuar uma investigação que poderá ter impacto real na vida de muitos doentes”.

+Info: www.med.uminho.pt, www.icvs.uminho.pt, www.fct.pt, facebook.com/unescoportugal, www.loreal.com/pt-pt/portugal, www.forwomeninscience.com
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