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"20 Anos Depois" – A Essência do Tempo na Expressão Humana
05/03/2025 - 05/03/2026
A exposição "20 Anos Depois", do fotógrafo
Pereira Lopes, é um convite a um encontro profundo com a passagem do tempo,
capturada na plasticidade única do rosto humano. Composta por 20 fotografias a
preto e branco, esta mostra revela um contraste entre a felicidade efémera e o
desgaste inevitável da vida. Cada olhar, cada marca no rosto dos retratados,
conta histórias silenciosas, mas intensamente emocionais, onde o tempo se
inscreve de forma visceral e poética. Estará patente de 5 de março a 5 de abril de 2025, no
passadiço interior da Escola de Medicina
A escolha do preto e branco acentua a dramaticidade e a
profundidade das imagens, destacando texturas, linhas e expressões que, de
outra forma, poderiam passar despercebidas. A ausência de cor reforça a
atemporalidade da obra e permite ao espetador concentrar-se na essência pura da
emoção humana. A luz, meticulosamente trabalhada, desenha os rostos e cria
sombras que evocam não apenas a passagem dos anos, mas também a resiliência e a
força presentes em cada indivíduo retratado.
Cada imagem é um fragmento de tempo, um instante
congelado que encapsula a complexidade da experiência humana. A composição
cuidadosa, a justaposição entre a suavidade e a dureza dos traços, e a
interação entre o olhar do retratado e o do espetador criam uma narrativa
visual pulsante e envolvente. O trabalho de Pereira Lopes vai além da simples
documentação: ele oferece um espelho onde todos podemos reconhecer a
inevitabilidade da transformação e a beleza da impermanência.
Enquanto curadora e artista plástica,Adriana Henriques, encontra nesta
série fotográfica a mesma "essência" que marca o seu percurso: "a busca pela
memória, pelo instante que se dilui no tempo, pela emoção que transcende a
imagem". Assim como nas suas próprias obras, onde fragmentos e gestos compõem
a história, aqui cada fotografia é um diálogo entre o passado e o presente,
entre o visível e o sentido.
A disposição das fotografias na exposição foi pensada
para criar um percurso sensorial, conduzindo o visitante por um caminho onde
cada rosto se torna uma paisagem emocional, cada ruga uma metáfora para as
experiências vividas. O silêncio do passadiço ecoa as histórias contidas em
cada retrato, permitindo um espaço de contemplação e introspecção.
