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Aluna do programa doutoral Agrichains vence prémio de melhor póster no Congresso Apimondia

Fotos
Sandra Barbosa
Própolis (foto: Montesino)
Própolis (foto: Montesino)
Própolis
Palete (foto: Montesino)
segunda-feira, 20/10/2025
Departamento de Biologia
Sandra Barbosa
Sandra Barbosa destacou-se com um trabalho sobre a valorização do própolis português.
Sandra Barbosa, do programa doutoral em Cadeias de Produção Agrícola - da mesa ao campo​ (Agrichains), desenvolvido pela Universidade do Minho (UMinho) e pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), venceu o prémio de Melhor Póster Estudante, no Congresso Internacional Apimondia, considerado o maior evento mundial dedicado à apicultura. O encontro decorreu entre 23 e 27 de setembro, em Copenhaga, reunindo investigadores, produtores e técnicos de várias partes do mundo, e distinguindo os melhores trabalhos científicos e projetos de inovação no setor apícola. “Este prémio é o reconhecimento de um percurso longo e de um trabalho feito com os apicultores portugueses, para mostrar que é possível produzir própolis de qualidade e criar valor no território”, afirmou Sandra Barbosa, investigadora e empresária na área da apicultura há mais de duas décadas.

Natural de Azurém, Guimarães, e residente em Bragança, Sandra Barbosa é fundadora da Montesino, empresa com quatro colaboradores dedicada à produção e transformação de mel e própolis. Sob orientação da professora Cristina Aguiar, do Departamento de Biologia da Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM), a investigadora integra o programa doutoral Agrichains, focado na inovação e sustentabilidade das cadeias agroalimentares.
O póster premiado apresentou o percurso que levou Portugal de um cenário de inexistência de produção organizada de própolis à criação de uma rede nacional com mais de 200 apicultores, garantindo qualidade e exportação para países como Alemanha, França, Espanha, Coreia e Croácia. “Começámos praticamente do zero. Hoje exportamos cerca de duas toneladas de própolis por ano. Este reconhecimento é também dos apicultores que acreditaram que era possível”, sublinha a investigadora.

Apesar do elevado número de apicultores no país, o própolis - uma substância resinosa produzida pelas abelhas a partir de resinas vegetais, misturadas com cera e enzimas – era tradicionalmente descartado e não considerado produto comercial. Nos últimos anos, um trabalho de sensibilização e valorização tem levado cada vez mais produtores a recolher e vender o própolis. “Trabalhamos com um consórcio que reúne a Universidade do Minho, a de Aveiro, empresas e centros de investigação, que estão a produzir produtos cosméticos à base de própolis do Parque Natural de Montesinho, em Bragança”, acrescenta.

As abelhas utilizam o própolis para selar e proteger a colmeia contra microrganismos, fungos e outros agentes externos, funcionando como uma barreira natural de defesa. É cada vez mais usado em suplementos alimentares, cosméticos e produtos naturais, devido às suas propriedades antibacterianas, antivirais, antifúngicas, anti-inflamatórias e antioxidantes. A composição química do própolis varia consoante a origem botânica e geográfica, o que lhe confere diferentes cores, aromas e potenciais terapêuticos.

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